Eu já viajei algumas vezes pela América do Sul, sempre tinha sido apenas um mês (dá uma olhada nos nossos roteiros 😉 ) e acabei nunca fazendo seguro saúde. Já precisei e não soube (quebrei uma costela sabe-se lá como na primeira viagem), mas nunca me havia feito grande falta o seguro.
Para 4 meses de viagem eu repensei… E fiz! (Mas não usei de novo!).
Não usei, mas foi por pouco. E virei caso de risco epidêmico nacional.
Na minha última noite de viagem começaram os sintomas. Meu pé começou a inchar e comecei a ficar com febre.
A primeira coisa que me veio à cabeça foi que eu deveria ter torcido o tornozelo em alguma caminhada e não percebi. Fiquei toda cambaleante por Cartagena, mas despreocupada… Afinal, não devia ser nada, certo?
A noite foi terrível, a febre subiu, eu dormi mal e acordei com os ombros e joelhos com uma dor terrível. Aí eu já matei: Chikungunya.
Essa doença é uma espécie de dengue caribenha, com inúmeros casos na Venezuela e Colômbia. Transmitida também pelo Aedes Aegypti ela tem os mesmos sintomas, mas com essa dor forte nas juntas, que é característica da doença. Febre, dor no corpo, vermelhidão também são sintomas.
Cartaz no aeroporto de Bogotá
Levantei já sabendo que tava ferrada, que a dor era forte e que eu precisava me tratar. Mas e a dúvida, meu voo de Cartagena para Bogotá era em 4 horas, valia a pena acionar o seguro saúde? Decidi que não (já tenho um caso incômodo $$$ de perder voo de volta de mochilão, rs) e que resolveria isso no dia seguinte, já em terras tupiniquins.
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Bye bye Cartagena, aloooooo 5 horas de conexão em Bogotá.
Em Bogotá foi terrível. A febre subindo cada vez mais, eu morrendo de frio nos pés, mas não conseguindo colocar um tênis porque meus pés tavam uma batata.
Eu tava uma versão arrebentada de uma escultura do Botero.
E delirando…
Sério, eu quase perdi o voo para o Brasil estando ao lado do portão de embarque. Simplesmente não escutei chamar e não vi sei lá quantas pessoas embarcando…
No voo ainda piorou, a febre e as dores só aumentando e a burra da pessoa ainda resolve assistir ‘A Culpa é das Estrelas’ no voo. Vim com dor e chorando litros (rs).
Chegando ao Brasil não aguentei, estava fraca e cansada, fui direto ao Ambulatório de GRU e lá recebi os primeiros atendimentos. Soro na veia e muita pergunta, em 20 minutos eu tava rodeada de gente da Anvisa querendo todos os detalhes de onde eu tinha passado, minha rotina nas últimas semanas, o que eu tinha comido…
Foto: Getty Images
Virei risco epidêmico!
Como a doença é passada pelo mesmo nosso conhecido mosquitinho da dengue, eu poderia contaminar muita gente e a Anvisa e a Secretaria da Saúde me deixaram de quarentena, a base de muita água, anti-inflamatório, repelente e solidão. Melhor ficar de molho do que sair distribuindo doença por aí, né?
Final da história: não tem final ainda, as dores nas juntas vão e voltam, mas já não posso transmitir a doença.
O que fica de aprendizado?
Bom, eu tomei todos os cuidados, mas mesmo assim não me safei. Pra você não correr riscos:
– Na região do Caribe sempre tem casos, fique alerta às informações dos locais.
– Use sempre repelente e reaplique a cada 3 horas.
– Ao ar livre: dormir com mosquiteiro e usando calças e blusas de manga longa.
– Suspeitando que está com o vírus? Não deixe de informar assim que chegar ao Brasil, o atendimento que recebi foi excelente e me ajudaram com todas as necessidades.
E SEMPRE, mas SEMPRE faça o Seguro Viagem! Eu tive “a sorte” de ter me contagiado no último dia, vindo pro Brasil. Mas e se fosse no meio da viagem? A Real Seguros faz uma comparação de preços de várias companhias e te garante o menor preço. E com esse link aqui do OMMDA você ainda tem 15% de desconto!
Simone Hara
9 de fevereiro de 2017 at 22:26Menina que sufoco! Mas ainda bem que no final tudo deu certo!
Camila Lisboa
13 de fevereiro de 2017 at 12:14Tô bem e não pego mais, rs…
Luciana Rodrigues
22 de novembro de 2016 at 07:00Aqueles casos em que a gente pensa que nunca vai acontecer com a gente. Ainda pensei que passou!
Camila Lisboa
23 de novembro de 2016 at 16:54NÉ? Coisa de programa sensacionalista de TV =/
Viajar pela história - Catarina Leonardo
21 de novembro de 2016 at 20:59Bolas que susto que deve ter sido. Longe de casa estar doente é sempre pior… Realmente é uma coisa a pensar quando viajamos.
Camila Lisboa
23 de novembro de 2016 at 16:55A gente tem que se preparar pra esse tipo de coisas… pelo menos com seguro saúde, né?
Deisy Rodrigues
21 de novembro de 2016 at 14:51Nossa que chato, eu peguei dengue uma vez e foi terrível, longe de casa deve ser bem pior. Vale o cuidado.
Camila Lisboa
21 de novembro de 2016 at 16:46Né? Baaaaaaaaaanhos de repelente!
Juliana Moreti
20 de novembro de 2016 at 13:58Nossa Camila! Que horror!
Li teu texto pensando no meu filhote!
Não me basta agora programar uma viagem pensando se o local vai agradá-lo, mas também se poderá ocorrer algo grave com ele!
E desde de minha viagem a Peru faço seguro e com ele então: é a primeira coisa que penso!
Camila Lisboa
21 de novembro de 2016 at 16:54Sem dúvidas tem que fazer seguro! E além disso, também tem que se cuidar e se prevenir pra não voltar arrebentada igual eu =/
Michela
20 de novembro de 2016 at 10:22Nossa, Camila, que triste. Que situação embaraçosa né, ficar doente longe de casa… Obrigada pelo alerta.
Camila Lisboa
20 de novembro de 2016 at 13:34Acontece =/ sorte que a recuperação não foi tão traumática!
Nanda
19 de novembro de 2016 at 22:17A gente sempre torce para não acontecer com a gente, né? Não dá para ficar cheio de noia a viagem inteira, mas não tem jeito: tem alguns cuidados que a gente precisa tomar!
Camila Lisboa
21 de novembro de 2016 at 16:57Pelo menos ter o seguro pra ter pra onde correr se der uma cagada dessas, rs…
Claudia araujo bins
19 de novembro de 2016 at 21:13Nossa Camila, que bom que foi no último dia, menos mal não é? Torço pra você se recuperar totalmente logo!
Clau
Camila Lisboa
23 de novembro de 2016 at 16:55Tô bem melhor 🙂
Tiffany
19 de novembro de 2016 at 15:31Caramba, que situação! Mas felizmente tudo se resolveu! Cá em Portugal e na Europa nós temos o cartão de saúde internacional, o que nos dá uma segurança extra; ajuda na hora de pagar… mas não nos livra da doença!!! Ups!
Todo o cuidado é pouco! Obrigada pelas dicas e… não podia não mencionar esta parte do post :”burra da pessoa ainda resolve assistir ‘A Culpa é das Estrelas’ no voo. Vim com dor e chorando litros ”
Ri tanto!!! Somos bem mulheres! Eu sou igualzinha! 😛
As melhoras
Camila Lisboa
23 de novembro de 2016 at 16:56hahahah sim! Chorei demaaaaaaaaaaais no voo – não sei se era da febre ou do filme hahaha
Gata Balinesa
13 de março de 2015 at 21:02Detalhe que esqueci de comentar: ao contrário de ti, não fiquei isolada em hospital. Na verdade, nem fui pro hospital. Só fiz os exames (na 3ª semana) pra confirmar que era chikungunya e pronto! O pessoal pensou que fosse dengue. Tive dois dias de febre, tava louca de tanta dor nas juntas, e o resultado? Fiquei capenga por um mês. E foi justo nas férias! Afff sorte que isso não vai mais se repetir
Gata Balinesa
2 de março de 2015 at 18:56Kkk n sabia q só tinham descoberto tua chikungunya três semanas depois! No meu caso, fiquei seis semanas sentindo dor, mas descobriram logo na segunda semana. Mesmo assim foi uma barra p mim e p minha família. Pensa num susto!
Carina Brito
2 de março de 2015 at 17:45Poxa, chato essas situações, mas acho super útil esses relatos, pois normalmente só contamos as partes boas das aventuras, e os perrengues existem e não podemos deixá-los de lado. Isso ajuda até mesmo para buscarmos mais informações na hora de seguirmos para nossos destinos
Camila Lisboa
2 de março de 2015 at 18:29Agora a gente até ri, na hora é tenso…
Mas o legal é contar mesmo, pra todo mundo ficar sabendo e não correr riscos a toa. 😉
Gata Balinesa
14 de fevereiro de 2015 at 18:30Quando peguei isso, a médica até pensou que fosse artrite reumatóide, o que mostra que os médicos brasileiros não estão acostumados com esse vírus. E olha que peguei aqui na minha cidade, no Brasil, mesmo! #tenso O.o kkkk
Camila Lisboa
19 de fevereiro de 2015 at 10:41É isso mesmo! Mesmo eu sabendo que era Chikungunya demoraram qse 3 semanas para confirmar o diagnóstico… Mas né, esperamos que isso não se espalhe por aqui, eta dorzinha chata =/
Gata Balinesa
7 de fevereiro de 2015 at 18:45Sei bem do q vc ta falando, tbm peguei esse vírus, em novembro de 2014. Fiquei sentindo dores horríveis durante um mês, sofri muito. Espero que isso não se repita mais.
Camila Lisboa
8 de fevereiro de 2015 at 11:10É horrível, né?
Mas o ‘lado bom’ que me contaram em todos esses contatos com a Anvisa é que agora já estamos imunes, não pegamos mais…
Ufa!
Gata Balinesa
14 de fevereiro de 2015 at 18:25Ainda bem que não pegamos mais! Quando (e se) lançarem a vacina contra isso, vamos brincar que a nossa “vacina” foi…a própria chikungunya! Kkkkk
Kadije
26 de janeiro de 2015 at 20:22Caramba amiga!! Foi feia a coisa!!
Camila Lisboa
27 de janeiro de 2015 at 11:42Foi =/ mas agora é só mais uma história bizarra pra contar, ufa!