Não está nem no Top 5 destinos turísticos no Peru, mas acho que você deve considerar uma esticadinha até Trujillo, a cidade dona de duas das mais bonitas ruínas pré-incas do país, Chan Chan e a Huaca de la Luna.
Como chegar à Trujillo?
Trujillo fica quaaaase na costa peruana e cerca de 550 kilômetros de Lima. Nesse post aqui, falando de viagens de ônibus pelo Peru, eu comentei da ida de Huaraz a Trujillo, que foi a minha opção.
Se você for sair da capital peruana, a Cruz del Sur é uma das empresas que faz esse trajeto e você pode checar preços e horários no site.

As ruínas de Chan Chan
Posso falar, Chan Chan ganhou meu coração como uma das top 3 preferidas no Peru. (Pros curiosos, as outras são Kuelap e Ollantaytambo).
Andar, baixo um sol que tomar um belo bronze, nos muitos metros quadrados de ruínas, não foi esforço. Eu estava na maior cidade de barro do mundo!
Eu, como sempre na minha mão de vaquice, fui sem guia mesmo, confiando no pouco que eu tinha pesquisado sobre os Chimús no meu batido guia da Lonely Planet e a internet, fonte de toda inspiração viajante.
E nem precisa me perguntar. Eu fui de ônibus local mesmo, na barateza de 1 nuevo sol por trecho, saindo de Huanchaco e me deixando na porta das ruínas. Contra os 40 soles que o tour cobraria, sem nenhuma chance de não ir de ônibus!
A entrada à Chan Chan custa 10 soles e dá direito a visitar outras 3 ruínas, que ficam um pouco mais fora de mão. No final, fiquei contente com Chan Chan mesmo – que, vamos lá, é lindona!
O incrível é que a cidade tem mais de 1000 anos e os Chimús são uma cultura pré-inca (viu, não são só eles por essas bandas!), mas que como quase todas nessas regiões, foram dominados pelo mais conhecido império peruano. E Chan Chan foi o principal centro político e cerimonial e a parte aberta a visitação é o Palácio Nik An.
Quase ao lado de Chan Chan tem um museu que também está incluído na entrada. Quase ao lado modo de dizer, acho que fica um kilômetro de distância. E a ideia desse museu é recriar um pouco da cultura e de como era a vida dos Chimús. Bem bacana e complementa bem a visita.

A Huaca de la Luna
Pra ir pra Huaca de la Luna eu fiz o seguinte: já tinha planejado viajar à Chachapoyas então tomei um táxi (sim, mochila grande) até o terminal de Trujillo (15 soles) e deixei a mochila no guichê da companhia de ônibus que eu ia tomar. Uma belezinha, nem paguei nada.
De lá peguei um ônibus até a Huaca de la Luna, 1 sol, que eu não me lembro qual era, mas eu perguntei pra uma pessoa na rua e foi tranquilo. Esse ônibus me deixou na entrada das ruínas e depois tinha van pra voltar.

A entrada à Huaca de la Luna é de 10 soles e lá tem guia (mas os guias pedem uma gorjeta no final, separe uns trocados).
E na Huaca de la Luna a volta no tempo é bem maior. A cultura Moche tem início nos anos 200 D.C. e essas ruínas foram descobertas por acaso, já que estavam escondidas baixo uma montanha de terra.

O lindo de lá são os detalhes e as cores, que foram preservados por conta da proteção natural de estar soterrado por muitos anos.
A visita durou cerca de uma hora e eu fiquei impressionada. Pro bem, porque o lugar é maravilhoso. E pro mal, porque está claro que está faltando investimento para as escavações e manutenção do lugar. Fica cada vez mais claro que o Peru se interessa muito mais pela máquina dólares em Cusco do que investir em outras regiões. Uma pena. =/

Onde se hospedar?
Já fiz um post todiiiinho falando disso! Confira aqui a dica.
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Esse combo Huanchaco e Trujillo foi um descanso merecidíssimo depois de andar bastante em Huaraz. As praias de águas frias e cheias de surfistas eram a benção depois de camelar baixo sol nessas ruínas lindonas de Chan Chan e Huaca de la Luna.
Eu sou a defensora do desconhecido norte do Peru, então incluiria Trujillo sim (e Chachapoyas também!) no roteiro. Eu já mostrei nesse blog que esse país merece muito mais do que uma visita somente a Machu Picchu, né? 🙂