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Valle del Elqui: Pisco, poesia e muitas estrelas no Chile

Valle del Elqui: Pisco, poesia e muitas estrelas no Chile

Chile, Pisco Elqui

No coração do Valle del Elqui esse pueblito simpático me cativou. Cidade pequena, no meio das montanhas, carinha de deserto, boa comida e boa bebida (bom, o nome da cidade já me denuncia…), não tem como não ficar encantada.

De Coquimbo segui para Pisco Elqui, com o intuito de curtir o dia e passar uma noite lá.

Na rodoviária de Coquimbo em teoria teria ônibus de 45 em 45 minutos, mas o das 9:45 não passou e tive que ir com a companhia Sol del Elqui as 10:30. E se alguém te disser que são 2 horas até o Valle não acredite! Foram 3 horas de bus 🙁 e me custou 3000 pesos.

Plantação de uvas para produção de pisco
Uva, uva everywhere…

Onde se hospedar?

Busquei por lá mesmo e encontrei a Hospedage San Pedro, 8000 pesos quarto compartilhado com wifi e água quente (infelizmente sem café da manhã!). A cozinha que é meio foda, fica do lado de fora, no inverno faz um frio do demo (rs), no verão dá pra aproveitar bem, tem até uma piscininha bacana.

O Booking tem diversas opções, em Pisco Elqui, reserve por aqui.

O que fazer?

PISCOOOOOO!

A poesia de Gabriela Mistral em toda parte
A poesia de Gabriela Mistral em toda parte

A cidade foi rebatizada de Pisco Elqui por dois motivos: 1- o antigo nome ‘La Unión’ não era muito turístico (não mesmo!) e o turismo da região estava ficando muito focado em Vicuña, uma das primeiras cidade do Valle del Elqui, que fica bem na entrada do Valle. O segundo motivo é mais o porque do nome… A primeira planta de destilação de pisco do Chile está aqui, a Destilaria Los Nichos, que tem 147 anos.

Valle del Elqui
Sim, desde 1868

As visitas guiadas custam 1000 pesos e os horários são 12:30, 13:30, 15:30 e 16:30. Fica cerca de 4 km da cidade, uma caminhada num sol escaldante que te dá mais sede pra toma uma bebidinha 🙂

O Ligado em Viagem foi visitar a Pisco Mistral, uma das mais conhecidas aqui no Chile. Confira!

Te explicam tudo, de como se produz o vinho das uvas moscatel, que depois é destilado para produzir um pisco concentrado, que depois é diluído.

Los Nichos

A produção é super pequena, coisa de no máximo 300 garrafas por dia. E é bem artesanal mesmo, conservam até a rolha, coisa que não é comum para os piscos atuais.

O bacana também que contam todas as lendas do antigo dono da destilaria, que tinha umas loucuragens. Enterrou um monte de garrafas de vinho e queria usar uma parte da bodega como cemitério para os amigos mais próximos, para que tivessem mais chance de levar uns piscos pro céu (ou inferno maybe hahaha).

Valle del Elqui
As lendas da pisquera

A loucuragem chegou ao ponto que um amigo só teria direito a uma ‘tumba’ se entrasse de pé e saísse deitado, de trebado, depois de 3 dia de alcoolismo

Outro ponto legal pra ir é no mercado de artesanato Horcón. Tem muita coisa linda e fica 7 km pra frente da destilaria.

Valle del Elqui
Horcón

A noite aproveite o segundo melhor lugar do mundo pra observar as estrelas (pra quem ficou curioso, o primeiro é o Deserto de Atacama). Eu dei um azar tremendo de pegar 3 dias nublados, mas mesmo sem ir nos observatórios dá pra perceber que o céu é maravilhoso. São várias opções para a observação: a 7500 pesos você pode ir com um telescópio observar, 12000 é a tour com a entrada em Arcohuaz e também é possível ir a Vicuña e isitar o observatório Mamalluca, que custa mais ou menos 18000 CLP.


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Roteiro para o Valle del Elqui

A sugestão é sair bem cedo de Coquimbo (ou La Serena) e aproveitar o dia em Pisco Elqui. Na volta, caminhei de Pisco Elqui a Monte Grande, cidade onde a poetisa chilena Gabriela Mistral passou grande parte da infância. Lá tem um pequeno museu e o mausoléu da poetisa.

Roteiro para o Valle del Elqui

Uma parada em Vicuña foi a minha opção, para visitar o Museu Gabriela Mistral (grátis!) e conhecer a cidade. Aproveitei e almocei por lá antes de voltar a Coquimbo.

Se puder acrescentar mais alguns dias ao roteiro, a região tem muito a oferecer: paisagens lindas, muito pisco e muita poesia 🙂

About the author

Viciada em viajar, mas que sossegou - só um pouco - no Chile pra abrir um hostel. Já esteve em 9 países e mais de 100 cidades fora do Brasil. Não sabe nadar (mas sabe andar de bicicleta). É facilmente comprável com doces e bom café. E é mão de vaca (isso é um dado importante).

2 Comments

  1. Carla Boechat
    7 de dezembro de 2017 at 15:11
    Reply

    Querendo muito ir pra lá!!! Adorei o post 😀

    • Camila Lisboa
      4 de janeiro de 2018 at 12:36

      Obrigada Carla 🙂 agora no verão é uma ótima pedida 🙂

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