Com certeza dá pra escrever um monte de El Chaltén, a charmosa capital do trekking da Argentina. Tem diversas opções de trilhas, para níveis e todos os gostos, mas a minha preferida é a Laguna de los Tres/Fitz Roy.
A trilha de duração de 3 horas e meia (que dá pra fazer em menos… eu mesma fiz em quase 3) e vai percorrendo um caminho bem marcado, de baixa dificuldade a maior parte do tempo mas com um grau um pouco maior (bem maior, vai) próximo à chegada, quando a caminhada fica bem intensa por conta de uma escadaria bem chatinha de subir… 600 metros na pedra, com direito a gelo no caminho e degraus que são mini escaladas.
Eu estive na Patagônia em outubro de 2012, começo de primavera e ainda faltando umas semanas pro início da temporada, que faz a cidadezinha lotar de turista! O resultado disso foi bastante neve no caminho, principalmente na última parte, a subida até a laguna… que estava congelada mas mesmo assim rende fotos lindíssimas 😉
Quer fazer outro trekking por lá? Veja também o Cerro Torre/Laguna Torre.
Vale muito a pena o esforço, ser recompensada pelo mirante mais bonito da Argentina paga até as bolhas no pé!
O bom de El Chaltén é que você não precisa se preocupar, as trilhas são bem marcadas e você pode ir sem medo, fui sozinha e sem guia (o que realmente é um item dispensável por lá) e não tive nenhum stress.
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A minha dica final fica na opção de como chegar ao Fitz Roy: vá pelo caminho do mirador, a direita na bifurcação, e volte pela Laguna Capri… acho que a ida pelo mirador vai te dando uma vista da montanha o caminho todo, te deixando mais empolgado a chegar no destino e curtindo uma das paisagens mais impressionantes da Argentina. A volta pela laguna te propicia um local maravilhoso para um descanso antes de voltar à El Chaltén, fora que acho que é um caminho mais fácil, bom para a finalização.
Ainda há mais uma opção: indo de taxi/van até o começo do trekking de Piedras Blancas. Isso te poupa uma hora de caminhada na ida e te garante um caminho 100% diferente da volta… também é uma boa ideia!
Esse mapinha pode te ajudar a entender as trilhas de lá e essas minhas explicações acima.
Acenda uma vela antes de ir porque pegar o dia nublado e, depois de 13km, pegar o Fitz encoberto pelas nuvens é sacanagem (e bem comum!). Eu sou sortuda que peguei um tempo bem aberto, que rendeu várias fotos de cartão postal. Outra coisa é que se os ventos (sempre os ventos patagônicos…) estiverem muito fortes não é recomendada a subida final, fica bem perigoso.